Manias
que parecem se revezar ao longo da vida, continuadamente...
Até
o dia que vem aquela mania que ninguém suporta.
No
decorrer da vida, inicialmente parecemos ser fragmentados, dispersos, inclusive
nas manias.
Há,
pois, a fase da dispersão; depois a fase que focamos um objetivo, e muitas
vezes o conseguimos.
Mas
o perigo desse foco é virar uma coisa maçante, cansativa, em que a pessoa só
fala — e hoje em dia pode-se dizer —, só posta as mesmas coisas.
Aí,
diríamos, já não é mania, é obsessão.
Querer
falar só de um assunto para o companheiro, companheira; fazer os amigos ouvirem
sempre a mesma coisa...
Os
amigos podem até fugir.
Mas
e o companheiro, a companheira?
Aí
pode ocorrer de a pessoa que está conosco começar a nos evitar, sutilmente de
início, sentindo necessidade de outros assuntos, até conosco mesmo, mas já que
vê que é impossível, tende a buscar pessoas que falem de outras coisas.
Observando
as pessoas, podemos dizer que aquelas que falam só de um assunto parecem mais tristes.
Talvez porque notam — mas não admitem —, que os outros fogem delas.
Nas
redes sociais, as postagens sobre só um assunto; no WhatsApp coisas repetitivas, cansativas, abordando os mesmos temas.
Quem aguenta?
Embora
pareça uma tendência — essa do ser humano, de no decorrer do tempo ficar
obcecado por um só assunto, — é preciso que nos corrijamos nesse aspecto, antes
que nos vejamos abandonados, literalmente.
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Autor:
Escritor ADhemyr Fortunatto
Autor
dos livros: AS AVENTURAS DO BODÃO,
REFLEXÕES
DE UM SUJEITO À TOA e