Já
nos primeiros tempos você notava a dependência excessiva dele em relação à
família.
Mas
você não queria que ele perdesse o contato com familiares por sua causa. Não,
isso nunca!
Gostaria
isto sim, que ele soubesse conciliar ambas as coisas.
Enfim,
como você já sabia, namoro é para essas coisas, para se conhecerem. E
conhecendo-se, esperar que haja ajustes; cada qual respeitando o outro.
Quem
sabe alguém tenha alertado, --- olha, ele é o tipo “filho de mamãe”...
Você
talvez tenha fingido que não entendeu, e seguiu em frente.
Assunto
delicado é este de buscar soluções, em que o homem pode se sentir entre a
namorada e a mãe.
Você
talvez tenha adiado, acreditando que ao se casarem ele amadureceria, enfim, que
tomaria conta da própria vida.
Mas,
sabemos que casamento por si só não amadurece ninguém.
Aí
você foi caindo em si de que tinha um adolescente tardio ao seu lado.
Ou
melhor, talvez sempre tivesse, mas vá lá alguém apaixonado enxergar tudo com
clareza...
Um
belo dia, subitamente, em plena refeição, ele experimenta o que você fez, mas
resolve ir jantar na casa da mãe, alegando que está “com saudades dela”. Até
que chega um dia em que ele mal faz as refeições com você.
Você
nota a falta dele à mesa, mas, mais ainda, em sua vida...
Em
nome do amor você ainda procura achar isso normal.
Mas
aos poucos você vai chegando à conclusão de que está passando pela vida sempre
achando tudo normal, e se tornando cada vez mais amarga.
O
tempo passa e ele sempre se portando com um adolescente.
Aí
você, como se arrumando mais uma desculpa, imagina que quando tiverem filhos
ele se tornará, de fato, um homem maduro.
Já
sabe que casamento por si só não tem o poder de amadurecer ninguém; filhos,
talvez.
Mas
“talvez” seja arriscado.
E
a vida segue. Você infeliz por não ter acreditado que sempre teve ao seu lado,
desde o início, um adolescente tardio, “filho de mamãe”, como diziam suas
amigas.
E
se pergunta: Por que não acabou com tudo? Por que foi acreditar em soluções
mágicas, como se o tempo resolvesse tudo? Pode até resolver, mas talvez seja
muito tempo.
Cabe
a nós na vida, enfim, por vezes tentarmos fazer “o nosso tempo”.
Seja
em qualquer tempo. Mas para isso é preciso ter coragem, atitudes.
E
não nos comportarmos também como adolescentes tardios.
Porque
o tempo não inventa desculpas para passar.
Ele
passa, tão somente.
------------------------------------------------
Autor:
Escritor ADhemyr Fortunatto
Autor
dos livros: REFLEXÕES DE UM SUJEITO À TOA e
TODA
FEMINISTA TEM UM MACHÃO NO CORAÇÃO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário